UMA EXPLOSÃO NOS CUSTOS E UMA DESVALORIZAÇÃO DOS PROGRAMAS

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As companhias aéreas enfrentam, há vários anos, a explosão das milhas aéreas em circulação. Os programas de fidelização têm tido muito sucesso e até recentemente as milhas aéreas acumuladas pelos clientes não tinham prazo de validade. Esta explosão de milhas aéreas em circulação tem consequências financeiras significativas.

As companhias aéreas, com a evolução das recentes normas contabilísticas (norma IFRIC desde 2008), passaram a ser obrigadas a incluir no seu balanço os encargos financeiros induzidos pelos programas de fidelização. A norma IFRIC 13 (Customer Loyalty Program) padronizou as regras de valorização das milhas aéreas no balanço das companhias aéreas.

Anteriormente, algumas empresas viam esses benefícios como custos, despesas de marketing e outras empresas como diminuição da receita. Agora, as empresas só poderão usar o último método. A compra de um bilhete por um cliente traduz-se de forma contabilística para a companhia aérea no registo no balanço de uma dívida correspondente ao transporte e direito a transporte futuro equivalente ao número de milhas aéreas a que o passageiro tem direito.

A contraprestação alocada aos pontos de prêmio deve ser avaliada por referência ao seu valor justo, ou seja, o valor pelo qual os pontos de prêmio podem ser vendidos separadamente. Esta norma atualmente se aplica apenas a empresas europeias, o que não facilita a comparação de balanços com suas congêneres americanas ou asiáticas. Assim, no balanço anual do grupo Air France – KLM para o ano 2010-2011 (fechado a 31 de março), a dívida correspondente ao programa de passageiro frequente foi avaliada em 806 milhões de euros!

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